Bioeconomia em alta no Brasil
09/12/2025
A bioeconomia é um tema visto como fundamental pelos gestores da indústria brasileira. É o que diz uma pesquisa feita pela Nexus, sob encomenda da CNI, que ouviu mais de mil empresas de pequeno, médio e grande porte em todas as regiões do país. O termo bioeconomia, que passou a ser mencionado com frequência em função das discussões da COP30 (a Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas, realizada em Belém), refere-se a um modelo econômico que usa recursos biológicos renováveis (plantas, animais ou microrganismos) – em paralelo com processos biotecnológicos avançados, para produzir alimentos, energia, produtos industriais e serviços.
A pesquisa mostrou que 80% dos executivos defendem o uso sustentável da biodiversidade como ativo estratégico das empresas, e que 70% consideram a bioeconomia importante para o futuro da indústria.
Sobre a Bioeconomia:
- 20% consideram de “total importância”
- 37% consideram “muito importante”
- 20% consideram “mais ou menos importante”
Sobre o uso da biodiversidade:
- 32% consideram que deve ser conservada (com uso racional), de modo a permitir seu uso sustentável;
- 29% consideram que deve fazer parte dos negócios de forma sustentável;
- 28% consideram que o tema deve ser integrado às políticas de responsabilidade socioambiental;
- 5% consideram que deve ser totalmente preservada (de forma intocada), sem uso econômico.
As pesquisas sobre bioeconomia estiveram entre os pontos que geraram maior interesse na COP30. Ela engloba temas que vão de novos medicamentos ao estudo de variedades agrícolas de alta produtividade, o desenvolvimento de biocombustíveis e a química verde, entre outros. Seus pilares fundamentais são a sustentabilidade (permitir que os recursos sejam utilizados pelas gerações futuras), a inovação tecnológica (incorporando tecnologias avançadas nos processos produtivos) e a economia circular (maximizando o aproveitamento de matérias primas e energia, reduzindo desperdício e geração de resíduos). Em paralelo às diversas iniciativas apresentadas pela iniciativa privada, o governo apresentou um plano nacional para a bioeconomia, que prevê incentivar a sociobioeconomia e negócios comunitários; valorizar os serviços ambientais; promover saúde e bem-estar; química de renováveis; alimentação, bioenergia e fibras têxteis; e produção de biomassa com foco na diversificação de matérias-primas e insumos industriais.
Saiba mais sobre o assunto nos sites Portal da Indústria, Estadão e O Globo.
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