Financiamento para inovação na indústria bate recorde

11/06/2025

O setor industrial terá acesso, neste ano, a um volume recorde de financiamento para a inovação. O orçamento da Finep (Financiadora de Estudos e Projetos), empresa vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), chegará a R$ 14,7 bilhões até dezembro, um salto de R$ 2 bilhões em relação ao ano anterior.

O aumento dos recursos vem de uma mudança na legislação que, a partir de 2023, transformou o FNDCT (Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico) em um fundo financeiro e contábil, mais próximo dos fundos tradicionais do mercado. Esse volume pode aumentar ainda mais em função de um projeto recém-aprovado no Senado, que vai à votação na Câmara para liberar um total de R$ 22 bilhões em recursos de anos anteriores que não foram utilizados.

De janeiro a maio, foram assinados contratos para 525 projetos, totalizando R$ 5,7 bilhões. Entre eles estão: uma aeronave de decolagem e pouso verticais do Instituto Eldorado, que recebeu R$ 90 milhões; um gerador para turbinas eólicas da Weg, que obteve R$ 14,6 milhões; e um sistema de captura, compressão e estocagem de CO2 gerado no processo de produção de etanol em reservatórios geológicos profundos, criado pela FS Bioenergia, que teve financiamento de R$ 167 milhões.

Já o SENAI anunciou a abertura de chamadas para projetos de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PD&I), por meio da Plataforma de Inovação para a Indústria, que disponibilizará R$ 460 milhões este ano, 31,4% a mais do que o valor destinado em 2024.

O Programa Nova Indústria Brasil (NIB), criado no início de 2024 pelo governo federal, anunciou que prevê desembolsos de R$ 76 bilhões até 2026, especificamente para a inovação. Esses recursos serão destinados tanto a empresas quanto a instituições de ensino e pesquisa, divididos em diversas linhas de crédito destinadas a temas específicos, como descarbonização ou defesa, entre outros. Mas, segundo especialistas, o Brasil ainda precisa aumentar muito esses valores para alcançar outros países no investimento em pesquisa e desenvolvimento. Israel, Coreia do Sul, China, Alemanha e Austrália, por exemplo, investem mais de 2% do PIB em P&D.

Saiba mais nos sites Terra, SENAI, Clube de Engenharia, Portal da Indústria e Senado Notícias.

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