Indústria lidera a descarbonização

09/12/2025

A indústria é o setor que lidera a adoção de tecnologias para a descarbonização, energia limpa e eficiência energética no Brasil, segundo levantamento da Confederação Nacional da Indústria (CNI). Ela consome cerca de 31,8% da energia gerada no país, atrás apenas do setor de transporte, que consome 33%, mas é a área que apresentou menor crescimento no consumo. Para que se tenha uma ideia, enquanto o setor de serviços aumentou seu gasto de energia em 6,4% em um ano, a indústria cresceu somente 2,9%.  Segundo a Empresa de Pesquisa Energética (EPE), o índice de renovabilidade na matriz energética da indústria atingiu 64,7%. Com uma série de centros de pesquisa inaugurados recentemente, tudo indica que essa tendência só vai se ampliar.

Na região metropolitana de Recife, na cidade de Ipojuca, foi inaugurado o Senai Park, um centro de inovação criado para ser uma espécie de berçário de plantas-piloto, onde as indústrias podem  simular procedimentos, realizar testes e medir o desempenho de produtos e técnicas. Há projetos programados com mais de dez empresas. Um deles, na área de hidrogênio verde, tem participação das indústrias Neuman & Esser, Siemens, White Martins, Hytron, Compesa e CTG Brasil. Outro, em parceria com o grupo Moura, é para o desenvolvimento de baterias de lítio de baixa tensão, que atualmente são importadas da China. A nacionalização dessa tecnologia permitirá produzir essas baterias no Brasil, reduzindo os custos e a dependência tecnológica da indústria local. O investimento inicial desse projeto será de R$ 20 milhões. 

Em São Paulo, começou a operar o LabH2, do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), que vai investir em pesquisas para a produção do hidrogênio como combustível, estratégias para baratear seu custo de produção, métodos para tornar seu uso mais eficiente e formas de armazená-lo com segurança. Construído com um investimento de R$ 50 milhões em equipamentos e instalações, ele abriga 30 técnicos e pesquisadores. O LabH2 começa operando com uma parceria assinada com a Empresa Municipal de Transportes Urbanos de São Paulo (EMTU), e negocia projetos com indústrias como Toyota, Hyundai, GWM e Tupy.  O armazenamento seguro do hidrogênio será um dos temas de pesquisa do LabH2. Também serão estudados processos para a produção, que pode utilizar fontes de energia renovável, como o etanol, a energia solar, e até mesmo o aproveitamento de resíduos. O hidrogênio pode ser utilizado tanto como combustível de veículos quanto em fornos industriais. Os especialistas consideram que o Brasil tem o potencial para se tornar líder mundial na produção de hidrogênio verde.

Saiba mais sobre o tema nos sites Mundo do Plástico, Agência Brasil, Estadão, G1 e SAE Brasil.

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