Indústria verde pode somar R$ 300 bilhões ao PIB do país

Uma análise da PwC Strategy&, encomendada pela Abrace (associação que representa os grandes consumidores de energia), indica que o Brasil pode adicionar aproximadamente R$ 1 trilhão ao PIB até 2030 por conta de suas 30 rotas industriais. Para isso, é necessário aproveitar seu potencial na produção de aço, alumínio, cimento e fertilizantes de baixo carbono e na eletrificação veicular e industrial, além dos bioquímicos e biocombustíveis avançados, sempre com estratégias relacionadas à matriz elétrica nacional, como competitividade e renovabilidade.

Apoiando essa transformação, o governo criou um programa para atrair investimentos internacionais para descarbonizar a indústria. Com o nome de Net Zero Solutions, o projeto visa viabilizar cinco projetos de investimentos no país, com aportes estimados em mais de R$ 100 milhões. Com a contribuição da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil) e o apoio do Instituto Brasileiro do Petróleo e Gás (IBP) e do fundo Climate Investment, o programa financiará o desenvolvimento de soluções sustentáveis e tecnológicas.

As parcerias internacionais também trazem avanços na área. O Brasil e o Japão fecharam vários acordos que fortalecem a cooperação na área de transição energética e integração industrial, abrangendo necessidades de economia circular, economia digital, cadeias globais de valor, mobilidade verde, bioeconomia, manufatura avançada, negócios de conteúdo e saúde. Márcio Elias Rosa, que representou o vice presidente da República no encontro com a comitiva japonesa, afirma: “O Japão é referência mundial em inovação e tecnologia, especialmente em setores como robótica, automação industrial e inteligência artificial”.

Para motivar empresários a investirem na transição energética, a KPMG produziu o estudo “Perspectivas de Investimento na Transição Energética: 2025 em diante”. O levantamento global entrevistou 1.400 executivos seniores de 36 países e territórios, revelando que, no Brasil, mais de 90% dos investidores do setor de energia buscam parcerias para compartilhar riscos e conhecimento em projetos de transição energética. Segundo o documento, nos últimos dois anos, 64% fizeram investimentos para melhorar a eficiência energética e 40% destinaram recursos para energias renováveis e de baixo carbono.

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