Indústrias brasileiras abraçam a economia circular

Seis em cada dez indústrias brasileiras estão adotando práticas de economia circular, segundo uma pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI). O levantamento ouviu 1.708 empresas das indústrias de extração, transformação e construção civil, entre os dias 3 e 13 de fevereiro de 2025, e constatou que a tendência está em alta. A ação mais difundida é a reciclagem de produtos (33%), seguida pelo uso de matéria-prima secundária nos processos produtivos (30%).

Entre os principais benefícios percebidos pelas empresas estão a redução de custos, o fortalecimento da imagem corporativa e o estímulo à inovação. Em alguns setores, como o de calçados, 86% das empresas seguem princípios de economia circular.

A notícia é boa, mas ainda há muito o que melhorar. A estimativa mais atualizada diz que o país recicla apenas pouco mais de 8% do lixo que produz, enquanto na Europa Ocidental, Austrália e Nova Zelândia, mais de 55% dos resíduos são reciclados. Calcula-se que o Brasil produz cerca de 81 milhões de toneladas de resíduos por ano, o equivalente a 382 quilos por habitante – pouco mais de um quilo por dia, por pessoa.

Os resultados do levantamento foram apresentados durante o 9º Fórum Mundial de Economia Circular, realizado pela primeira vez no Brasil, em São Paulo. Para estimular o avanço da pauta na indústria brasileira, a CNI e a Federação das Indústrias de São Paulo (FIESP) lançaram um manual de boas práticas sobre o tema. O assunto anda tão em voga que a International Finance Corporation (IFC), braço do Banco Mundial, lançou também diretrizes para que as instituições financeiras possam avaliar projetos de economia circular, numa ação para impulsionar o fluxo de capital para esse segmento.

Saiba mais nos sites do Estadão, Ecoa, CNI e Capital Reset.