Inovação deve andar de mãos dadas com trabalhador, diz economista da OCDE

01/11/2019

Com o cenário atual de transformações, que fica mais complexo em função do ritmo lento da economia, o Brasil enfrenta desafios para avançar na modernização dos processos produtivos e se preparar para o futuro. Além de dotar os trabalhadores com as competências necessárias, o alinhamento cada vez maior da educação profissional às demandas das empresas será essencial para manter a indústria brasileira competitiva. A opinião é de Priscila Fialho, economista para mercado de trabalho da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE).

Para ela, a falta de competências do trabalhador é um obstáculo, sobretudo, à inovação. Segundo Priscila, essa condição cria resistências à modernização e, mais ainda, inibe as pessoas de investir continuamente em suas formações profissionais. A economista da OCDE deu a declaração durante participação no Seminário Pelo Futuro do Trabalho, realizado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), em parceria com as seis principais centrais sindicais do país, no Rio de Janeiro.

Opinião similar tem Rafael Lucchesi, diretor-geral do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai). Também participante do encontro, ele disse que a qualificação de pessoas é o maior desafio do Brasil neste momento de quarta revolução industrial. Para Lucchesi, trata- se de uma agenda de Estado trabalhar na permanentemente na qualificação do trabalhador, diante da velocidade das mudanças técnicas e tecnológicas.

Trabalhador sem medo

Segundo Lucchesi, o fato de países incorporarem novas tecnologias, como robôs, não significa a redução do número de empregos. O diretor-geral do Senai destacou que a Coreia do Sul possui 631 robôs a cada 10 mil habitantes e baixos índices de desemprego, bem diferente do Brasil, que está na direção inversa: taxa de desocupação na casa de 12% e apenas 10 robôs por 10 mil habitantes. Então, não é preciso temer a inovação, avalia o dirigente.

Também presente ao encontro, João Emílio Gonçalves, gerente-executivo de Política Industrial da CNI, clamou para que o Brasil desenvolva uma agenda estruturada para a melhoria do ambiente de negócios, como estímulo à pesquisa e ao desenvolvimento, bem como para a criação de medidas para que o país faça frente aos desafios da Indústria 4.0.

Para saber mais, acesse https://bit.ly/36lmGSA.

 

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