

Investimento na transição climática sextuplica e gera oportunidades
11/06/2025
Segundo um estudo da McKinsey com as maiores empresas do mundo, os investimentos em soluções climáticas sextuplicaram desde 2019. No universo total analisado, que inclui 377 das maiores companhias globais, o valor alcança US$ 683 bilhões. É uma bolada, mas ainda não é suficiente para garantir que o mundo atinja o objetivo de emissões zero até 2050. A consultoria identifica, porém, que há cada vez mais possibilidades de negócios no setor e que o investimento deve seguir em alta nos próximos anos.
As empresas que mais investiram até agora foram as dos setores de energia, veículos automotivos e petróleo e gás. O setor de energia, em média, dedicou 24% do total de seus investimentos às tecnologias climáticas. A lista de soluções estudada pela McKinsey inclui desde tecnologias para baterias e armazenamento de energia até economia circular, passando por hidrogênio, energias renováveis e nucleares, combustíveis alternativos e captura e armazenamento de carbono. Segundo a consultoria, os três principais motivos para a decisão nesses investimentos são: exigências regulatórias, declínio do negócio principal ou – a cereja do bolo – oportunidades inéditas de crescimento.
A visão de que a demanda só cresce está atraindo novos financiadores, como a GEF Capital, gestora com foco em sustentabilidade, que desenha um novo fundo de private equity para investir em soluções climáticas no Brasil. O objetivo é que ele capte US$ 300 milhões nos próximos meses. O entendimento dos especialistas é que serão necessários investimentos em todas as pontas do processo industrial, inclusive em infraestruturas críticas, como as redes elétricas. “A digitalização é essencial para superar questões estruturais, como a intermitência de fontes renováveis”, afirma Patricia Cavalcanti, diretora de Digital Energy da Schneider Electric para a América do Sul.
Saiba mais nos sites da McKinsey, Capital Reset e Indústria 4.0.
