

O potencial da IA generativa na segurança do trabalho
25/09/2025
“O potencial da IA generativa na segurança do trabalho é imenso e pode ser explorado com soluções de baixo custo e grande efetividade”, explicou Ederson Almeida, CEO da Gautica, em um artigo que traz exemplos de alguns projetos já implementados e levanta outras tantas possibilidades. Publicado no site Industria 4.0, ele explica como a tecnologia pode transformar os paradigmas de segurança, integrando capacidades preditivas, analíticas e criativas para mitigar riscos, prevenir acidentes e otimizar processos. A IA pode modelar cenários de risco, com base em históricos de indicadores e parâmetros ambientais. Pode criar procedimentos de segurança para diferentes contextos e fazer análises preditivas extremamente acuradas.
Para exemplificar, traz alguns casos de sucesso, como a Lufthansa, que usa IAG para fazer simulações hiper-realistas de emergências em hangares, elaborando cenários com base em bancos de dados de acidentes reais. Assim, permite que os funcionários treinem situações como vazamentos químicos e incêndios. Ou a General Electric (GE), que usa IAG para analisar dados de sensores de turbinas e motores, prevendo falhas antes que aconteçam, emitindo alertas e reduzindo paradas não planejadas (-40%) e tempo de inatividade (-50%). E a Kiwi-Eye, empresa de sensores de segurança para veículos, que criou um sistema anticolisão para empilhadeiras com câmeras inteligentes e IAG. Ele identifica pedestres e máquinas que podem entrar no caminho, gera alertas e, se necessário, desacelera automaticamente os veículos. O resultado é uma queda de 60% nos acidentes.
Entre as possibilidades de futuros usos da tecnologia, Almeida cita a integração de IAG com equipamentos de proteção individual (EPIs), a possibilidade de gerar planos de evacuação atualizados em tempo real, com base nas variáveis de cada incidente, nos ambientes de trabalho, e a análise dos quase-acidentes (“near misses”) captados em câmeras de monitoramento, para propor melhorias nos processos. Ele observa que modelos gratuitos ou de baixo custo, como Deepseek-V3, podem ser acessíveis para a indústria com investimentos modestos, aproveitando inovação colaborativa e gerando ganhos significativos.
O assunto é um dos tópicos quentes da atualidade, e foi abordado recentemente por um relatório da OIT (Organização Internacional do Trabalho) que tratou de oportunidades e riscos da IA, e que pode ser baixado aqui (em inglês).
Saiba mais nos sites Indústria 4.0, OIT (resumo) e OIT (completo, para download).
