Competências e futuro do trabalho em manufatura

05/08/2019

Com o avanço da transformação digital, novas competências e habilidades serão demandadas da força de trabalho em vários segmentos. No setor de manufatura não será diferente, até em função do avanço da chamada Indústria 4.0. Por isso, os trabalhadores da área têm um desafio em comum: capacitar-se para acompanhar essa mudança. Mas, afinal, como serão os empregos nessa nova era (digital)? Em parceira com The Manufacturing Institute, a Deloitte se debruçou sobre o assunto, analisando a lacuna crescente entre os empregos que precisam ser ocupados e os talentos qualificados capazes de preenchê-los.

Fato é que a indústria tem papel fundamental na economia global. Nos Estados Unidos, por exemplo, o setor contribui com 10% do Produto Interno Bruto (PIB) e representa ainda 8% de toda força de trabalho. Sua contribuição fica ainda mais evidente quando consideramos seu efeito multiplicador: cada dólar na produção industrial gera mais US$ 1,89 de valor adicional. Além disso, cada trabalho direto no segmento cria 2,5 empregos adicionais ao longo da cadeia produtiva.

A realidade americana também pode ser aplicada no Brasil, apesar das diferenças sociais e educacionais. Na verdade, a fatia da indústria de transformação no PIB nacional é até maior e, em 2018, chegou a 11,3%, segundo a Confederação Nacional da Indústria (CNI). Ou seja, para países com grandes parques industriais, o desafio de adaptação e qualificação da força de trabalho será praticamente o mesmo. Há ainda outro complicador: em muitos casos, nesses mercados, o número de vagas abertas excede o contingente de pessoas procurando trabalho.

Do lado das empresas, o estudo identificou que as organizações participantes classificam a escassez de profissionais como "muito alta" nas áreas de “talento digital”, “produção qualificada” e “gerências operacionais”. As companhias entrevistadas preveem ainda que a dificuldade para encontrar profissionais qualificados para esse perfil de posição triplique nos próximos três anos.

O levantamento ainda aponta algumas abordagens estratégicas para influenciar um futuro do trabalho mais positivo:

  • Aproveitar o ecossistema da força de trabalho emergente
  • Aproveitar os recursos da geração de baby boomers [geração nascida na explosão demográfica após a Segunda Guerra Mundial] que se aposentam
  • Desenvolver treinamentos internos que envolvam uma força de trabalho de várias gerações
  • Criar parcerias público-privadas
  • Reforçar programas de capacitação

Saiba mais no estudo completo da Deloitte.

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