Meta de zerar emissões de gases custaria até US$ 2 tri anuais, diz estudo

O caminho parece inexorável, mas não será barato mesmo tendo elevada relação custo- benefício. Relatório divulgado em setembro pela Comissão de Transições Energéticas (ETC, na sigla em inglês) aponta que serão necessários investimentos adicionais de US$ 1 trilhão a US$ 2 trilhões anuais para zerar as emissões globais de gases do efeito estufa até a metade do século.

Para limitar o aquecimento global a 1,5 grau Celsius neste século, as emissões globais de gases de efeito estufa precisarão ser zeradas. Quando essa meta for atingida, a redução dos padrões de vida de países desenvolvidos e em desenvolvimento em 2050 representará menos de 0,5% do PIB global, segundo o relatório.

Na visão do órgão, os investimentos adicionais exigidos "são facilmente pagáveis, dadas as poupanças e investimentos globais atuais, particularmente no contexto macroeconômico prevalecente de taxas de juros baixas continuas". A ETC é uma coalizão global de 40 produtores de energia, empresas industriais e instituições financeiras. Integram a comissão organizações como ArcelorMittal, HSBC, BP, Shell, Orsted e Bank of America, entre outras.
 
Caminhos possíveis
Segundo o relatório, melhorias dramáticas na eficiência energética terão que ser executadas para que a meta de zerar as emissões seja atingida. Em paralelo, o suprimento global de eletricidade terá que crescer quatro ou cinco vezes, chegando a algo como 90 mil e 115 mil terawatt-horas.

Outra mudança importante seria eletrificar os setores de construção, transporte e indústrias. Por fim, o ritmo anual da geração eólica e solar precisará ser de cinco a seis vezes a expansão ocorrida no ano passado.

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